O programa TVGGN 20H da última segunda-feira (12) contou com a participação do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, que compartilhou os avanços do governo no trabalho de reconstrução do país, além dos esforços para tirar o Brasil do mapa da fome.

Ao longo da entrevista, o ministro observou as diversas irregularidades encontradas na concessão de benefícios sociais, em especial no programa de transferência de renda Auxílio Brasil, em que haviam beneficiários com renda de R$ 160 mil anuais, enquanto pessoas que realmente se encontravam em situação de vulnerabilidade social não contavam com nenhum aporte.

“Quando a gente assumiu, pegamos diversas irregularidades, fraudes, gente que falsificou o CPF, pessoas que davam declaração de renda que nada tinha a ver, pessoas que já tinham morrido. Enfim, tinha de tudo. Estamos falando aí de 3,7 milhões de benefícios que tinham fraudes, que tinham comprovadamente irregularidades”, relembra o chefe de pasta.

Coube ao Planalto, então, determinar que os benefícios fossem fiscalizados pela Polícia Federal, processo em que mais de 1,3 milhão de beneficiários indevidos devolveram o auxílio.

Neste processo de conceder repasses a pessoas que não se encaixam em situação de vulnerabilidade, Wellington Dias comenta que o governo anterior causou prejuízo de aproximadamente R$ 34 bilhões.

Além de identificar as fraudes, Dias conta que o governo está fazendo um grande esforço para identificar populações que necessitam do benefício, entre eles os povos indígenas, quilombolas e moradores de rua, a fim de garantir que sejam inscritos no programa Bolsa Família por meio de entidades, organizações não governamentais e igrejas.

Combate à Fome

Uma das principais causas do governo Lula 3 é o combate à fome, a partir de um sistema de segurança alimentar e políticas públicas capazes de reduzir a extrema pobreza.

O chefe da pasta lembra que, em 2014, o Brasil logrou um grande feito que foi deixar o Mapa da Fome. Porém, com a queda do governo Dilma Rousseff (PT), muitos brasileiros voltaram a não ter o suficiente para se alimentar, especialmente durante a pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2022.

“Em 2021, o Brasil volta ao mapa da fome e com uma extrema pobreza muito forte. Então, aqui, a missão dada pelo Lula é essa. De um lado, combater a fome, para tirar o Brasil de novo do mapa da fome, reduzindo a pobreza e a extrema pobreza. E, ainda, com o que ele chama de promoção da dignidade. A pobreza não é só comida e nem mesmo é só renda. É preciso resolver o problema da moradia, da energia elétrica onde não tem, da conectividade, da água potável, da educação, da saúde, ou seja, o que for necessidade do ser humano pode também estar ali integrado dentro do programa.”

Das 33 milhões de pessoas que enfrentavam a fome ou a vulnerabilidade alimentar até 2022, 24 milhões saíram desta situação graças ao, segundo Dias, a integração de diversas políticas públicas. A primeira delas foi a identificação de fraudes e inclusão dos mais pobres no programa Bolsa Família.

Aumento da renda, saldo positivo de emprego, aumento do salário mínimo e crescimento da economia também justificam o resultado.

Existe um esforço ainda para criar soluções de acordo com demandas específicas da população. Os povos indígenas, por exemplo, não querem receber cestas básicas ou dinheiro, mas sim condições para cultivar o próprio alimento.

Durante a entrevista com o jornalista Luís Nassif, Wellington Dias foi questionado ainda sobre a questão orçamentária da pasta, tendo em vista a cobrança da mídia e do mercado financeiro pelo corte de gastos, e falou sobre a importância dos microempreendedores na geração de emprego e de crescimento do país.

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Última Atualização: 13/08/2024