O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, nesta sexta-feira 9, a liberdade provisória a João Silva, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele está preso desde fevereiro, quando foi alvo da operação Veritas.
Segundo os sites Poder360 e G1, a defesa do ex-assessor foi informada da decisão pelo presídio no Paraná. No STF, o caso tramita em caráter sigiloso.
Silva, conforme citado, está preso desde fevereiro, quando foi alvo da operação Veritas. A prisão, naquela ocasião, foi autorizada pelo ministro Barroso, acatando um argumento da Polícia Federal de que havia o risco de Silva fugir do País.
A principal suspeita no caso era de que ele havia saído do Brasil junto com Bolsonaro rumo aos EUA. Informações fornecidas pela Tim, no entanto, indicaram que ele permaneceu no Brasil. A conclusão levou em consideração a geolocalização do celular utilizado por ele entre 30 de dezembro de 2022 e 9 de janeiro de 2023.
Diante dos documentos apresentados pela defesa, o procurador-geral da República, Carlos Eduardo, considerou que os dados “parecem indicar, com razoável segurança, a permanência do investigado no território nacional nesse período”. Ele, então, recomendou a soltura do ex-assessor.
No inquérito da PF que culminou na prisão, João Silva é suspeito de auxiliar Bolsonaro na criação da chamada “minuta do golpe”. Silva faria parte do “núcleo jurídico”, grupo responsável por criar embasamento legal para a tomada dos poderes da República.