O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes contrariou a Procuradoria-Geral da República ao determinar prisões preventivas na operação deflagrada pela Polícia Federal sobre um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência, sob o governo de Jair Bolsonaro.

O procurador-geral Paulo Gonet disse ser contrário à prisão preventiva de Mateus de Carvalho Sposito, Richards Dyer Pozer, Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues, e sugeriu a fixação de medidas cautelares em seu lugar.

Moraes, no entanto, emitiu os mandados de prisão preventiva e determinou o cumprimento da ordem pela PF, argumentando que os fundamentos para a decisão estão inequivocamente demonstrados nos autos pelos fortes indícios de materialidade e autoria dos crimes descritos.

O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

O suposto esquema teria funcionado entre 2019 e 2021, durante o período em que Alexandre Ramagem foi o diretor-geral da agência. Atualmente, ele é deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL.

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Última Atualização: 11/07/2024