Nesta quinta-feira (6), o Ministro da Defesa de “Israel”, Israel Katz, declarou, à emissora israelense Canal 12, que deu ordem às forças israelenses de ocupação para que preparem um plano para a “partida voluntária”, isto é, para a expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza.
A ordem ocorre após Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ter anunciado sua intenção de expulsar os palestinos de Gaza, para países vizinhos como Jordânia e Egito. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, da qual também participou Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro de “Israel”, o qual qualificou o plano de Trump como “uma ideia notável […] que deve ser realmente examinada e colocada em prática”.
O Ministro da Defesa da entidade sionista, ao anunciar que ordenou a criação de um plano de expulsão dos palestinos, afirmou também que apoia “a proposta ousada do presidente Trump”, declarando cinicamente que “os moradores de Gaza devem ter a liberdade de sair e emigrar, como é padrão em todo o mundo”.
Ainda, Israel Katz declarou que países que formalmente expressaram alguma oposição contra o genocídio sionista deveriam receber os palestinos: “países como Espanha, Irlanda, Noruega e outros, que fizeram acusações e falsas alegações contra Israel sobre suas ações em Gaza, são legalmente obrigados a permitir que qualquer residente de Gaza entre em seus territórios. Sua hipocrisia será exposta se eles recusarem. Há países como o Canadá, com um programa de imigração estruturado, que já expressaram disposição para aceitar residentes de Gaza”.
Caso tais planos do imperialismo e do sionismo fossem realizados, cerca de 2 milhões de palestinos seriam expulsos de sua terra, uma nova limpeza étnica ainda maior que a Nakba, isto é, a explusão de cerca de 800 mil palestinos em 1948, quando da função do Estado artificial de “Israel”.
No entanto, essa tentativa de limpeza étnica teria que enfrentar a Resistência Palestina que, liderada pelo Hamas, está mais forte, organizada e numerosa do que em qualquer outra época, especialmente após a vitória com o acordo de cessar-fogo, enquanto que “Israel” enfrenta a maior crise de sua história.
