Itamar Ben-Gvir. Foto: Divulgação

O ministro da Segurança Interna de Israel, Itamar Ben-Gvir, renunciou neste sábado (17) como forma de protesto contra o acordo de cessar-fogo aprovado pelo governo israelense com o Hamas na Faixa de Gaza. A trégua, mediada por Catar, Egito e Estados Unidos, visa a libertação de 33 reféns israelenses, vivos e mortos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Ben-Gvir, membro do partido de extrema direita Poder Judaico, classificou o acordo como “imprudente” e criticou a decisão de interromper as operações militares em Gaza. “Se a guerra contra o Hamas for retomada, com intensidade, para alcançar os objetivos que ainda não foram atingidos, voltaremos ao governo”, declarou ele em entrevista coletiva em Jerusalém.

O ministro, que ocupa um assento no Gabinete israelense e lidera um bloco com seis parlamentares na coalizão de 68 deputados de Netanyahu, prometeu não derrubar o governo, apesar de sua saída. Ele também pediu ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, do partido Sionismo Religioso, que seguisse o mesmo caminho.

Smotrich, que também criticou o cessar-fogo, classificou o acordo como “perigoso” para a segurança de Israel. Apesar disso, ele não renunciou ao cargo. A pressão interna aumentou, com Ben-Gvir alegando que o acordo abre precedentes para novos sequestros de reféns por grupos militantes.

Benjamin Netanyahu. Foto: Divulgação

Ben-Gvir revelou ainda que Netanyahu teria oferecido a expansão de assentamentos na Cisjordânia como forma de convencê-lo a permanecer no governo. A proposta, segundo ele, foi rejeitada.

A trégua, aprovada neste sábado (noite de sexta no horário de Brasília), estipula que o Hamas deve libertar 33 reféns, incluindo dois israelenses capturados há cerca de dez anos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos.

Em entrevista, Ben-Gvir sugeriu endurecer as condições para o Hamas: “Para a libertação dos reféns, é necessário interromper completamente a ajuda humanitária enviada a Gaza. Somente com essa condição o Hamas libertará nossos reféns sem colocar em risco a segurança de Israel.”

O partido do primeiro-ministro Netanyahu, Likud, reagiu à renúncia de Ben-Gvir com um comunicado contundente: “Quem desmonta um governo de direita estará para sempre em desgraça.” O partido também defendeu que o cessar-fogo era necessário para salvar vidas e garantir a segurança de Israel a longo prazo.

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Last Update: 18/01/2025