A primeira semana à frente do Ministério das Mulheres tem sido de muito trabalho para a ministra Márcia Lopes. Na tarde de ontem (7), ela participou de atividade no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, que reuniu deputadas federais representantes tanto da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher quanto da Secretaria da Mulher. Além disso, a nova titular da pasta também esteve no encerramento do Encontro com Gestoras Estaduais de Políticas para Mulheres, que começou no dia 6.
Durante a ação realizada no Salão Nobre, as deputadas apresentaram publicamente minuta de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar a denominação oficial da Câmara dos Deputados para “Câmara dos Deputados e das Deputadas”, como forma de refletir sobre a igualdade de gênero. O documento ainda está na fase de recolhimento de assinaturas. O texto precisa ser apoiado por, no mínimo, 171 parlamentares para começar a tramitar na Casa. Segundo a Agência Câmara, a ministra recebeu das parlamentares um documento da Secretaria da Mulher com projetos de lei em tramitação na Casa e recomendações orçamentárias ao ministério.
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“Nós não haveremos de recuar, ao contrário. Nós vamos buscar aliadas e aliados, porque nós queremos uma sociedade de paz, uma sociedade que nos respeite”. Iremos fazer a política de mulheres, iremos cumprir a legislação e regulamentar as leis, e colocar em ação as políticas públicas do nível federal, estadual e municipal”, disse a ministra.
A deputada federal e coordenadora da Bancada Feminina da Câmara, Benedita da Silva (PT-RJ), pediu apoio do MMulheres para combater a violência contra as mulheres candidatas nas eleições de 2026.
Participaram ainda do ato as deputadas federais petistas Adriana Accorsi, 1ª Vice-Presidente da Comissão da Mulher, Maria do Rosário (PT-RS), e Jack Rocha (PT-ES); a vereadora de Florianópolis Carla Ayres (PT-SC) também esteve presente.
No X, as parlamentares do PT comentaram o encontro com a ministra Márcia Lopes.
https://twitter.com/dasilvabenedita/status/1920161820263821531
https://twitter.com/Adriana_Accorsi/status/1920228324963459093
https://twitter.com/mariadorosario/status/1920196518834778514
Encontro com gestoras estaduais
Durante dois dias, Brasília sediou o Encontro com Gestoras Estaduais de Políticas para Mulheres. A atividade, segundo o MMulheres, foi importante para que as secretárias e a ministra se conhecessem, e dialogassem sobre as demandas que são importantes para as mulheres nos estados.
Além disso, a realização da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, que será realizada em outubro, e terá a participação de mulheres representantes dos 27 estados do país, também foi debatida entre elas.
“Este ano é de Conferências e nós vamos mobilizar todas as mulheres para que nas conferências estaduais, municipais e na nacional possamos reforçar nossa luta incansável contra a violência. Não podemos jamais admitir nenhum tipo de violência, política de gênero, doméstica, patrimonial, qualquer violência que seja”, disse Márcia Lopes.
A ministra também ressaltou junto às gestoras seu interesse de criar órgãos de vigilância socioassistencial, a exemplo dos centros de informação relacionados à saúde que já existem em âmbito dos estados e municípios.
“Às vezes, as pessoas ainda não entendem a importância, mas entendo que seja a alma do sistema, pois quando questionarem, por exemplo, quantas mulheres há no estado, quantas são negras, quantas estão desempregadas, quantas sofrem violência, o número de mulheres alfabetas, quantas não têm casa, enfim, podemos ter indicativos de todas as dimensões da vida e utilizar esse instrumento de planejamento, de conhecimento da realidade, para avançarmos na realização de políticas públicas”, explicou a ministra.
Na abertura do evento, Fátima Cleide, secretária Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, falou da importância do encontro, inclusive para que as gestoras possam ter o primeiro contato com a ministra Márcia Lopes. “É um momento para vocês dialogarem, se organizarem nesse primeiro encontro, além de se apresentarem, a ministra quer ouvi-las”, pontuou a secretária.
Da Redação do Elas por Elas, com informações do MMulheres e da Agência Câmara de Notícias
