Ministra Márcia Lopes defende pacto federativo contra feminicídio

Durante o III Encontro Nacional com Gestoras das Casas da Mulher Brasileira, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, defendeu a atuação integrada entre os diferentes entes da Federação para o enfrentamento à violência de gênero.

“Eu não tenho dúvida de que as soluções para as realidades brasileiras não estão lá em Brasília. Nós temos um país federado, nós temos uma Constituição, a nossa Constituição brasileira de 1988, que trata do pacto federativo. E sem essa articulação de nível federal com os estados e com os municípios, nós não vamos cumprir o nosso dever, nós não vamos dar conta de responder a essas demandas das realidades”, afirmou.

Segundo o Ministério das Mulheres, ao falar da centralidade das mulheres nas políticas públicas, a ministra ressaltou que elas são maioria da população e que a resposta do Estado precisa ser integrada.

“Nós não vamos dar conta da política para as mulheres sem o compromisso e a presença de todas as áreas de governo. Isso vale para o governo federal, para o estadual, para o municipal. Nós temos que entender que as políticas intersetoriais, transversais e a política para as mulheres são assim: feitas com a participação de todas e todos”, completou.

Realizada em Campo Grande (MS), a atividade reuniu gestoras dos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Pará, Piauí, Maranhão, Roraima, Tocantins, São Paulo, Paraná, Sergipe, Amapá e do Distrito Federal, para discutir avanços, desafios e novas estratégias de fortalecimento da rede de proteção às mulheres em situação de violência.

Casa da Mulher Brasileira, marco dos governos do PT

Campo Grande também é sede da primeira unidade da Casa da Mulher Brasileira, serviço que revolucionou o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. O equipamento público foi inaugurado pela presidenta Dilma Rousseff, em 2015.

Os serviços da Casa da Mulher Brasileira seguem uma abordagem centrada nas mulheres em situação de violência, com atendimento que prioriza a escuta, evitando novos traumas e se concentrando sistematicamente em sua segurança, direitos e bem-estar, com o objetivo de possibilitar a elas a realização de um projeto de vida autônomo e livre de qualquer tipo de violência.

O equipamento funciona 24 horas por dia e todos os dias da semana, oferecendo serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres, como: acolhimento e triagem, apoio psicossocial, alojamento de passagem, serviços de saúde, central de transportes, promoção da autonomia econômica, brinquedoteca, Delegacia Especializada, Promotoria Especializada do Ministério Público, Núcleo Especializado da Defensoria Pública, e Juizados e Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Da Redação do Elas por Elas, com informações do Ministério das Mulheres

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