A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, defendeu o sistema eleitoral brasileiro após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sugerir que a votação no Brasil não era auditada.
A ministra fez uma declaração em entrevista ao site G1, publicada na quarta-feira 24, afirmando que “as urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início do seu processo até o seu final”.“As urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início do seu processo até o seu final”, disse a presidente do TSE ao blog do jornalista Valdo Cruz.
Ela reforçou que nunca foram comprovados quaisquer tipos de fraudes e erros, e que a Justiça Eleitoral do País é confiável e pode contar com a confiança da população.
Maduro vem ampliando a zona de conflito, incluindo a sua posição frente ao Brasil, em meio a um momento-chave da campanha presidencial venezuelana.Em um comício na última terça-feira 23, ele questionou a segurança do sistema brasileiro.
Diferentemente do que afirmou Maduro, as eleições no Brasil passam por processos de auditoria. Por lei, partidos políticos e entidades podem acompanhar as distintas etapas de verificação de segurança.
A ira de Maduro ocorre no momento em que o pleito venezuelano é questionado por parte da comunidade internacional, que exige que a eleição seja transparente.
O governo Lula (PT) é um dos entusiastas do cumprimento do Acordo de Barbados, firmado em outubro do ano passado, que estabeleceu a data do pleito e as condições para que o resultado eleitoral fosse respeitado.Um das condições do acordo estabelece a presença de observadores internacionais no país sul-americano.
O TSE decidiu voltar atrás da decisão de não enviar observadores a Caracas e, na semana, anunciou os nomes de Sandra Damiani e José de Melo Cruz como enviados. Ambos são, respectivamente, chefe da Assessoria de Gestão Eleitoral do tribunal e membro da Coordenadoria de Sistemas Eleitorais.