O Ministério Público Eleitoral solicitou que a Justiça rejeite a candidatura apresentada por Fabrício Queiroz, pivô do escândalo das rachadinhas na Alerj, na disputa de uma cadeira na Câmara de Vereadores de Saquarema (RJ), na região dos Lagos, pelo Partido Liberal.
O promotor Rodrigo de Figueiredo Guimarães apresentou um parecer no domingo 25, afirmando que Queiroz não havia apresentado uma certidão referente a um processo na segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O caso envolve uma quebra de sigilo bancário no âmbito de investigação sobre as rachadinhas na Alerj, quando ele atuava como assessor de Flávio Bolsonaro. Antes de manifestar pela rejeição da candidatura, o órgão cobrou que o documento pendente fosse apresentado no último dia 21 — o que não aconteceu até domingo.
A certidão solicitada pelo MP eleitoral tem o objetivo de apresentar, de maneira resumida, o objeto de uma determinada ação judicial, seja ela cível ou criminal, e o momento processual em que se encontra.
Nesta segunda-feira, os advogados de Queiroz encaminharam os documentos pendentes à Justiça Eleitoral. “Já está resolvido. Como [o processo] estava em segredo de justiça, só descobri [a necessidade de apresentar a certidão] quando o MP se manifestou”, afirmou o ex-assessor de Flávio em contato com CartaCapital. O juiz do caso ainda não se manifestou.
Fabrício Queiroz é policial militar da reserva e ficou conhecido pela relação de amizade com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele chegou a ser preso em 2020 por envolvimento no caso das rachadinhas e foi solto no ano seguinte — o caso acabou arquivado. Nas eleições de 2022, tentou ingressar na carreira política disputando o cargo de deputado estadual, sem sucesso.