O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (15), a instalação de um Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar ações nacionais de resposta à mpox, doença viral conhecida anteriormente como “varíola dos macacos”.
No momento, a avaliação da pasta é de que o risco da doença para o Brasil é baixo. Mas, a ministra Nisia Trindade adiantou que o Centro de Operações irá se concentrar em ações para aquisição de testes de diagnóstico, alerta para viajantes e atualização do plano de contingências.
Emergência global
A medida brasileira ocorre um dia após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a doença viral como emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII).
Esse é o nível mais alto de alerta da organização, decretado por exemplo com a Covid-19 e com a própria mpox em 2022.
Agora, a preocupação é sobre a circulação de uma nova variante do vírus no continente africano, em especial na República Democrática do Congo (RDC), que somente este ano já registrou quase 14 mil casos da doença, incluindo 450 mortes, segundo as autoridades locais.
A nova cepa, conhecida como Clado Ib, é considerada mais letal e potencialmente mais transmissível que a variante responsável pelo surto mundial há dois anos.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a decisão levou em conta o registro de casos de mpox fora da RDC. Segundo ele, a organização recebeu relatos de casos de 26 países no último mês.
“Eu decidi seguir a recomendação do comitê e declarar emergência (…) A detecção de um novo clado de mpox na República Democrática do Congo (RDC) e o potencial de maior disseminação na África é um grande alerta”, disse em coletiva de imprensa.
No pico de emergência global em 2022, o Brasil registrou quase 12 mil casos da doença. Este ano, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis. Ao todo, foram contabilizadas 16 mortes, sendo a mais recente em abril de 2023.
Saiba mais sobre a mpox
Como uma doença viral, a transmissão da mpox entre humanos ocorre principalmente por meio de contato, inclusive com as lesões de pele de pessoas infectadas.
Os sintomas mais comuns da mpox são erupções cutâneas, ou seja, lesões de pele, que normalmente se concentram no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, mas também podem aparecer em qualquer parte do corpo.
O número de lesões na pele pode variar e sinais como febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza, também podem indicar a contração da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos primeiros sintomas da mpox é de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Em caso de suspeita de contágio, a pasta recomenda que o paciente procure uma unidade de saúde para avaliação médica, além de informar o contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença.
Em casos confirmados de mpox é recomendado o isolamento do paciente.
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