O Ministério da Educação (MEC) destina R$ 32 milhões para projetos educacionais no território yanomami.
O investimento será direcionado à formação de educadores, ao desenvolvimento de materiais didáticos e à construção de centros educacionais. A ação visa reestruturar políticas de ensino para a comunidade, que enfrenta uma crise humanitária.
De acordo com a jornalista Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, das 26 escolas públicas existentes na região, 11 estavam fechadas no início do ano passado. A terra indígena enfrenta problemas de infraestrutura, escassez de educadores e falta de materiais didáticos.
Com o apoio do MEC, está prevista a construção de quatro casas-escola, um centro para a formação de educadores e dez espaços de saberes voltados à conexão entre o ensino formal e a cultura yanomami.
Cerca de R$ 18 milhões do total serão direcionados especificamente para a formação de docentes. Apenas 1% dos professores yanomamis possuem ensino superior, de acordo com a Funai, a menor taxa entre as etnias indígenas.
O programa de formação, que será realizado em parceria com a comunidade e especialistas em educação indígena, terá duração de três anos, período em que os novos educadores já começarão a lecionar.
A terra yanomami, localizada entre os estados de Roraima e Amazonas, conta com 421 escolas indígenas em Roraima e 1.117 no Amazonas.