Foi anunciada na última segunda-feira (17) a nova medida do Ministério da Saúde para prevenir complicações causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
De acordo com pesquisas, a maior taxa de mortalidade do vírus é entre bebês, gestantes e recém-nascidos, sendo essa a base da estratégia formada para que o número de afetados seja reduzido.
Optou-se por iniciar uma campanha para que o grupo foco receba a vacina Abrysvo, da Pfizer, e o anticorpo monoclonal Beyfortus, da Sanofi, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa ação foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), na última quinta-feira (13).
A justificativa apresentada para a Conitec mostra que, com o imunizante, serão evitadas cerca de 28 mil internações anuais de mulheres grávidas, além de proteger pelo menos 2 milhões de recém-nascidos, idade essa em que os bebês estão mais vulneráveis a complicações. O vírus sincicial é associado a casos de bronquiolite.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estima que o vírus seja responsável por até 40% dos casos de pneumonias e 75% dos quadros de bronquiolite nas crianças de até 2 anos de idade.
“A introdução dessas tecnologias representa um avanço significativo na proteção das nossas crianças, com redução das internações diante do alto número de casos. É um marco da nossa política de imunização e no cuidado de gestantes e bebês”, destaca a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
A vacina Abrysvo, produzida pela Pfizer, já tem o selo de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde abril de 2024. Sua aplicação é indicada para gestantes entre o segundo ou terceiro trimestre de gravidez, fazendo com que o filho receba anticorpos ainda dentro da barriga.
Agora no caso do anticorpo monoclonal nirsevimabe, da Sanofi, é indicado para proteger bebês prematuros e crianças de até 2 anos nascidas com comorbidades.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha, esse é um importante avanço para o SUS.
“Isso mostra a ciência à serviço da saúde da população brasileira. Se quisermos ter o SUS, como um sistema universal, bem-estar social e sustentabilidade ambiental, precisamos colocar o mundo material e o mundo da economia a serviço da vida da nossa população”, ressaltou.
*Com informações do Ministério da Saúde- Governo Federal.