O Ministério da Defesa informou nesta segunda-feira (10) que solicitou ao Telegram a exclusão de um canal na plataforma que pedia um golpe de Estado no país.
Segundo o ministério, o canal usa “indevidamente o nome da pasta”. “O Ministério da Defesa informa que solicitou à plataforma Telegram, nesta segunda-feira, a exclusão do canal que usa indevidamente o nome do Ministério da Defesa. Cabe destacar que o canal citado em reportagem do Estadão não é utilizado atualmente pela pasta”, afirmou.
“A Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério da Defesa tomou conhecimento do uso indevido do canal por meio da reportagem e esclarece que mantém uma conta oficial e verificada na plataforma Telegram, que pode ser acessada pelo link”, completou a pasta.
Uma reportagem do Estadão revelou no domingo (9) que o ministério divulgou no X (antigo Twitter), em 2022, um link que direcionava usuários para um chat com mensagem golpista.
A publicação foi feita no dia 7 de novembro de 2022, oito dias após o então presidente Jair Bolsonaro (PL) ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. Na época do post, o ministro da Defesa era o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército.
A postagem orientava o usuário a conferir a nota oficial do ministério sobre o relatório de trabalho de fiscalização das urnas eletrônicas. Porém, ao clicar no link disponibilizado, o internauta era levado para um canal com a mensagem “dê o golpe Jair” e uma foto de Bolsonaro.
O canal no Telegram apresentava indícios de ser falso: não possuía o distintivo de verificação da plataforma, continha um erro no nome “Ministério da defesa” (com a palavra “defesa” em letra minúscula) e tinha 289 seguidores.
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