A despeito das restrições de crédito impostas pela taxa de juros a 14,75% –  a maior em quase 20 anos -, o mercado imobiliário segue refletindo a resiliência da atividade econômica graças ao Minha Casa, Minha Vida. Dados da Câmara  Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) confirmam que o programa foi o grande motor do setor no primeiro trimestre deste ano, respondendo por nada menos do que 53% dos lançamentos e 47% das vendas de imóveis residenciais. As informações constam do levantamento Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgado na segunda-feira (19).

Quando se compara ao mesmo período do ano passado, os números são impressionantes: no total, foram vendidas 102.485 unidades residenciais entre janeiro e março, um aumento de 15,7%. Ao mesmo tempo, os lançamentos de imóveis somaram 84.924 unidades, uma alta de 15,1%. O Minha Casa, Minha Vida registrou uma expansão de 40,9% nas vendas e 31,7% nos lançamentos.

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A CBIC destaca que a atratividade das taxas de juros oferecidas no escopo do programa (7,66% a 8,16% ao ano) viabilizou-se como boa alternativa para a aquisição de imóveis em meio a um cenário de crédito caro e limitado. Além disso, o aumento da renda da população também desempenha papel preponderante no cenário de aquecimento do mercado.

“Mesmo em um cenário de crédito caro, o brasileiro segue acreditando no investimento em moradia”, declarou o presidente da CBIC, Renato Correia, ao G1. “A força do MCMV, aliada ao crescimento da renda e à estabilidade no emprego, sustenta esse desempenho positivo”, confirmou Correia.

Os dados da Câmara também apontam para a maior presença do MCMV no Norte, Nordeste e no Sudeste, sobretudo em São Paulo. Além disso, o tempo médio de escoamento da oferta no programa caiu para 6,5 meses, confirmando o aquecimento do setor.

MCMV Classe Média

Há uma semana, no dia 13 a nova modalidade do programa, voltada para a classe média, começou a contemplar novos participantes com a assinatura do primeiro contrato. A assinatura foi concluída na agência da Caixa Econômica Federal Largo do Bicão, em Vila da Penha, no Rio de Janeiro (RJ). Quem realizou o sonho de conquistar sua moradia foi a cabelereira Taize dos Santos Silva – entrevistada pela equipe de comunicação da CAIXA.

Pela nova modalidade, o cliente tem até 420 meses para pagar, com taxa de juros nominal de 10% ao ano. A cota de financiamento para imóveis novos é de 80%, independente da região do país. Para imóveis usados, o percentual é de 60% nas regiões Sul e Sudeste e de 80% para as demais localidades. O valor máximo de compra e venda do imóvel pode chegar a R$ 500 mil e abarca famílias com renda familiar bruta de até R$ 12 mil.

Da Redação, com Agência Gov

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Last Update: 20/05/2025