Militares israelenses usaram uma bomba de 230kg ao atacar um café à beira-mar lotado de palestinos em Gaza nesta segunda-feira.
Médicos e outras autoridades dizem que até 36 palestinos foram mortos, além de dezenas de feridos. Entre as vítimas fatais estão um cineasta, um artista, uma dona de casa de 35 anos e uma criança de quatro anos. Entre os feridos estavam um menino de 14 anos e uma menina de 12 anos.
Fragmentos da arma foram identificados como partes de uma bomba MK-82, de 230kg, fabricada nos Estados Unidos e usada em muitas campanhas de bombardeio. A cratera deixada pela explosão é outra evidência do uso de uma bomba poderosa.
Especialistas em direito internacional ouvidos pelo jornal The Guardian afirmam que o uso de tal munição, mesmo com a presença de muitos civis desprotegidos, era quase que certamente ilegal e pode constituir um crime de guerra.
Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), o ataque ao café estava sob revisão e que “antes do ataque, foram tomadas medidas para mitigar o risco de prejudicar civis usando vigilância aérea”.
O direito internacional baseado nas convenções de Genebra determina que uma força militar é proibida de lançar ataques que causem “perda incidental de vidas civis” e que seja “excessiva ou desproporcional” para a vantagem obtida em termos militares.