O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar nos dias 8 e 9 de abril a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 12 investigados por participação na trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo, identificado como núcleo 3 da acusação, é composto por 11 militares do Exército e um policial federal, apontados como responsáveis pelo planejamento de “ações táticas” para viabilizar o golpe.
Bolsonaro. O grupo, identificado como núcleo 3 da acusação, é composto por 11 militares do Exército e um policial federal, acusados de planejar “ações táticas” para tentar efetivar o golpe.
Os investigados são:
- Bernardo Romão Correa Netto, coronel acusado de integrar o núcleo responsável por incitar militares a aderirem a uma estratégia de intervenção militar para impedir a posse de Lula.
- Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres.
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.
- Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército supostamente envolvido na redação de uma carta de teor golpista.
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid.
- Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército.
- Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército suspeito de participação na trama golpista.
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo “kids pretos”.
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército.
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército.
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel que integrava o “núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral”.
- Wladimir Matos Soares, policial federal que atuou na segurança do hotel onde Lula ficou hospedado durante a transição. Ele é suspeito de participar de um grupo que planejou as mortes de Lula, Moraes e Alckmin.
O julgamento foi marcado pelo ministro Cristiano Zanin, após o relator do caso, Alexandre de Moraes, liberar a denúncia para análise. Se a acusação for aceita, os investigados se tornarão réus e a ação seguirá para a fase de instrução, na qual serão colhidas provas e depoimentos para determinar a participação de cada um.
A análise do caso será feita pela Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Antes disso, em 25 de março, o STF analisará a denúncia contra o núcleo 1, que inclui Jair Bolsonaro e outros acusados. No total, 34 pessoas foram denunciadas pela PGR em fevereiro, divididas em cinco núcleos. Ao final da tramitação, o STF decidirá pela absolvição ou condenação dos réus e definirá eventuais penas.
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com agências