Milhares de pessoas se manifestaram na Alemanha neste domingo 11 para exigir a proibição do partido de extrema-direita AfD depois que o serviço de inteligência o classificou como um “grupo extremista”.
Os manifestantes foram às ruas em mais de 60 cidades, de Colônia a Hamburgo, incluindo a capital Berlim, onde a polícia disse que havia cerca de 3 mil pessoas.
A manifestação foi convocada pelo grupo de associações Zusammen gegen Rechts (‘Juntos Contra a Direita’).
“A AfD não é um partido normal e não deve ser tratada como tal. Agora é a hora de considerar seriamente a proibição do partido”, afirmou o grupo em seu site.
Em Berlim, a manifestação ocorreu no Portão de Brandemburgo e reuniu mais de 7 mil pessoas, segundo os organizadores, e 3 mil, segundo a polícia.
“Todos juntos contra o fascismo!” gritava a multidão com bandeiras de arco-íris e cartazes.
O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve 20% dos votos nas últimas eleições legislativas.
Poucos dias antes da posse do novo chefe de Governo, Friedrich Merz, que lidera uma coalizão de conservadores e social-democratas, o serviço de inteligência interna (BfV) classificou a AfD como um grupo “extremista de direita” que poderia representar um perigo para a democracia.
Na quinta-feira, o BfV suspendeu temporariamente a classificação enquanto aguarda a resolução do recurso do partido na justiça.
A decisão gerou tensões políticas dentro e fora da Alemanha, especialmente com os Estados Unidos, cujo presidente Donald Trump expressou apoio à AfD.