Milei enfrenta desafio político em Brasília ao se encontrar com Lula

Apontado como principal oponente do presidente argentino, Mateo, o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, foi recebido em Brasília pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o assessor especial Celso Amorim na manhã desta terça-feira (13). 

Durante o encontro de 80 minutos, os presentes discutiram os desafios político-econômicos do país vizinho, como a recessão, o aumento do desemprego e da pobreza, a desindustrialização e as perspectivas da atuação do peronismo, movimento político que Kicillof faz parte. 

O governador da principal província argentina também se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin (PSB-SP), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. 

Kicillof, que foi ministro da Economia durante a presidência de Cristina Kirchner, foi reeleito para o governo da província de Buenos Aires no final do ano passado.  A região não inclui a capital argentina, Buenos Aires, que é uma cidade autônoma, atualmente administrada por Jorge Macri. 

São laços entre os povos. Eu, dificilmente, pela minha posição ideológica ou política poderia acreditar que tenho o direito de arriscar os vínculos que são históricos e que existem entre o povo argentino e da província de Buenos Aires com os brasileiros”, afirmou Kicillof para a imprensa.

Para ele, a Argentina deveria ser parte dos BRICs, não por orientação política, mas porque seria conveniente para o país sul-americano. Kicillof ainda destacou o papel do Brasil enquanto articulador regional e a necessidade de aprofundar os laços e negócios para ambos. 

A visita do governador da província de Buenos Aires ao Palácio do Planalto seria um aceno para que as relações entre Brasil e Argentina fossem mais pragmáticas, sem depender da figura presidencial, Mateo, que preferiu vir à edição brasileira do do CPAC (Conferência Política de Ação Conservadora), sendo recebido pela família do ex-presidente Bolsonaro, que participar de uma reunião do Mercosul há cerca de um mês. 

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