Javier Milei afirmou que o país pode considerar deixar o Mercosul caso seja necessário para firmar um acordo de livre comércio com os EUA. A declaração foi feita durante uma entrevista no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Segundo o presidente argentino, o objetivo é buscar alternativas que não exijam a saída do bloco, mas ele não descarta essa possibilidade caso não haja outro caminho.
“Há mecanismos que podem ser usados até mesmo dentro do Mercosul, então acreditamos que isso pode ser feito sem necessariamente ter que sair”, disse Milei. Ele também ressaltou que sua administração tem trabalhado intensamente para alcançar um acordo comercial com os EUA, embora tenha evitado comentar se tratou do tema diretamente com Donald Trump ou membros de sua equipe.
Milei é um crítico do Mercosul, que já chamou de “prisão protecionista”. Apesar das críticas, ele ainda não tomou medidas para retirar a Argentina do bloco. O Mercosul, que inclui Brasil, Uruguai e Paraguai, tem um histórico de oposição a negociações bilaterais de seus membros, como ocorreu em 2022 quando o Uruguai tentou se unir a um pacto comercial asiático.
A saída do Mercosul poderia trazer desafios econômicos significativos, já que o Brasil é o maior parceiro comercial da Argentina. No entanto, Milei argumenta que a busca por acordos mais amplos, como com os EUA, é fundamental para o crescimento do país. Segundo ele, sua equipe está comprometida em manter a meta de déficit zero e atrair investimentos estrangeiros.
Líderes regionais, como o presidente do Paraguai, Santiago Peña, expressaram oposição a um possível acordo bilateral entre EUA e Argentina, argumentando que o Mercosul necessita de reformas, mas não de rupturas.
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