No próximo domingo (1º), o México realizará sua primeira eleição judicial, na qual mais de 7.700 candidatos disputarão cerca de três mil cargos de juízes, magistrados e ministros federais e estaduais em 19 entidades. A reforma, promovida pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador e continuada pela atual presidente Claudia Sheinbaum, visa combater a corrupção e tornar o judiciário mais responsável perante o público.
Durante a campanha de 60 dias, surgiram controvérsias, incluindo a distribuição de “acordeões” com listas de candidatos recomendados, perfis com vínculos duvidosos e eventos proselitistas que desafiaram as restrições do Instituto Nacional Eleitoral (INE). Figuras-chave como Yasmín Esquivel, Lenia Batres e Loretta Ortiz, próximas ao governo, encerraram suas campanhas com discursos focados em devolver o Poder Judiciário ao povo e combater a corrupção.
Inegavelmente a reforma foi um avanço democrático, permitindo que os cidadãos escolham seus representantes no sistema judicial, que em países como o Brasil, é totalmente burocratizado e por isso mesmo, livre para ser ferozmente impopular.