Em meio ao tarifaço que complica o comércio global, o México surge como aposta da indústria brasileira da carne. A Abiec vê o país pronto para assumir o posto de segundo maior mercado, antes ocupado pelos EUA. Não por acaso, o vice-presidente Geraldo Alckmin lidera comitiva em negociações com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum (foto/reprodução internet). Negociações que podem resultar até em livre-comércio. O pano de fundo é uma supersafra de 340,5 milhões de toneladas, sustentada por tecnologia que redefine a produção no campo. Em Sorriso (MT), pivôs irrigam milhares de hectares controlados por celular; colheitadeiras com piloto automático e até aviões pulverizadores compõem o cenário futurista. O campo brasileiro mostra eficiência admirável, mas também expõe um dilema: quanto mais cresce, mais depende de abrir mercados em meio à instabilidade das regras globais.
