Na sexta-feira (10), a Meta retirou do ar o vídeo falso criado com inteligência artificial que simulava declarações do ministro Fernando Haddad sobre a criação de impostos, incluindo um suposto “imposto para pets”.
A ação foi realizada após pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que enviou uma notificação extrajudicial à empresa na quinta-feira (9).
🚫❌ Ministro Fernando Haddad vem a público desmentir vídeo gerado por IA, no qual falava sobre “taxar tudo” e em criação do “imposto do cachorrinho estimação”, “imposto pré-natal” e “imposto das bets”; vejapic.twitter.com/SmRt3OQKJx
— Republique 🗞 (@republiqueBRA) January 10, 2025
O vídeo viralizou rapidamente. Em resposta à solicitação da AGU, a Meta confirmou a remoção do conteúdo em até 24 horas, destacando que o material era manipulado e continha declarações fraudulentas atribuídas ao ministro.
A ação marca a primeira medida da Meta em relação a um conteúdo desinformativo após o anúncio de mudanças em suas políticas de moderação. Recentemente, o CEO Mark Zuckerberg comunicou o fim do programa de checagem de fatos nos Estados Unidos, decisão que ainda pode ser expandida globalmente.
Haddad desmente fake news
Para desmentir a fake news, Fernando Haddad publicou um vídeo em suas redes sociais no qual enfatizou que as informações sobre novos impostos são falsas. “Imposto sobre Pix, mentira. Imposto sobre quem compra dólar, mentira. Imposto sobre quem tem um animal de estimação, mentira. Pessoal, vamos prestar atenção, está circulando uma fake news”, alertou.
🚨 Atenção!🚨
Nos últimos dias, temos visto circular muitas mentiras sobre impostos que não existem!❌💰O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um alerta importante: não há criação de imposto sobre o uso do Pix, sobre a compra de dólares ou sobre animais de estimação!💵💳 pic.twitter.com/JmkMnsJGHN
— Ministério da Fazenda (@MinFazenda) January 9, 2025
O material também circulou em outras plataformas, como no X, mas não há confirmação sobre ações tomadas por outras empresas de tecnologia para barrar o conteúdo. A peça foi amplamente criticada por espalhar desinformação.
Novas regras do Pix
A fake news surgiu em meio à implementação de novas normas fiscais, que ampliaram a fiscalização de transações financeiras realizadas por meio do Pix. Desde 1º de janeiro, transferências que somam R$ 5.000 ou mais por mês para pessoas físicas, e R$ 15.000 para pessoas jurídicas, passaram a ser monitoradas.
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