Nesta sexta-feira (2), o exército de Israel sequestrou o xeique Ekrima Sabri, porta-voz da Mesquita de Al-Aqsa, em virtude de um discurso feito pelo imã que elogiava e homenageia Ismail Hanié, líder do birô político do Movimento de Resistência Islâmica. Sabri foi preso em sua casa, no bairro de Sauané, na cidade de al-Tur, a oeste de Jerusalém ocupada.
Na madrugada da última quarta-feira (31), Hanié foi assassinado covardemente por Israel enquanto descansava em sua residência em Teerã, capital do Irã. O dirigente palestino estava no país persa na ocasião da posse do novo presidente iraniano.
Segundo relatos, durante seu discurso, o xeique Ekrima Sabri falou sobre as virtudes dos mártires e dos devotos, rezando pela alma de Ismail Hanié, de seus companheiros e de todos os mártires.
“O povo de al-Quds e arredores, do púlpito da abençoada mesquita de al-Aqsa, considera Ismail Haniyeh um mártir diante de Deus. Pedimos a Deus que tenha misericórdia dele e lhe conceda o lugar mais alto no Paraíso”, afirmou o sacerdote.
Logo após seu discurso na Mesquita de Al-Aqsa, a polícia israelense abriu uma investigação contra Sabri, emitindo o seguinte comunicado:
“Seguindo os cânticos de um dos pregadores durante a oração do meio-dia no al-Haram al-Sharif de hoje, a polícia começou a examinar se existe uma ligação ao incitamento em coordenação com as autoridades relevantes e agirá em conformidade com base nas conclusões”, afirmou a ocupação sionista.