
Luigi Mangione, de 26 anos, foi formalmente indiciado pelo homicídio de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, ocorrido em dezembro de 2024 em Nova York. O caso ganhou contornos nacionais após a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, defender a aplicação da pena de morte, classificando o crime como “premeditado” e executado “a sangue frio”.
Apesar de Nova York não aplicar a pena capital desde 2004, quando a legislação estadual foi considerada inconstitucional, autoridades federais podem solicitar a medida em casos específicos. Se condenado no âmbito federal, um júri unânime poderá recomendar a execução, decisão que seria obrigatória para o juiz responsável.
Brian Thompson, de 50 anos, foi assassinado na manhã de 4 de dezembro de 2024 em frente ao Hilton Midtown, onde participaria de uma conferência de investidores. Testemunhas relataram que o executivo foi atingido por disparos por volta das 7h (horário local) e, apesar dos esforços de socorro, não resistiu aos ferimentos.
Thompson era CEO da UnitedHealthcare, subsidiária da UnitedHealth Group, que registrou faturamento de US$ 100 bilhões apenas no terceiro trimestre de 2024.
A empresa administra programas de saúde públicos, como Medicare e Medicaid, voltados a idosos e pessoas de baixa renda.

Mangione, preso na Pensilvânia após uma semana de buscas, enfrenta acusações estaduais em Nova York e na Pensilvânia, além das federais. Ele se declarou inocente e sua defesa já moveu ações para impedir a aplicação da pena de morte, alegando que a decisão da Procuradoria-Geral foi “descaradamente política” e violou protocolos do governo.
“Estamos preparados para lutar contra essas acusações federais, apresentadas por um Departamento de Justiça sem lei, bem como as acusações do Estado de Nova York, as acusações da Pensilvânia e qualquer outra coisa que eles queiram imputar a Luigi”, afirmou Karen Friedman Agnifilo, advogada de Mangione.
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