Instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1988, o dia 1º de dezembro marca o Dia Mundial de Luta contra a Aids, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida pelo vírus HIV.
Das mais de 39 milhões de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo, quase um quarto, cerca de nove milhões, não recebem o tratamento adequado. Como consequência, uma pessoa morre por minuto por causas relacionadas à Aids. Os dados estão em um relatório divulgado, este ano, pelo Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids.
Com o slogan “HIV é sobre viver, conviver e respeitar. Teste e Trate. Previna-se.”, o Ministério da Saúde lança a campanha nacional, dedicada à conscientização da importância do autocuidado, do tratamento e da redução do estigma em torno do HIV e da Aids.
No Brasil, o Dezembro Vermelho marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, e outras infecções sexualmente transmissíveis, chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção de direitos.
O que é a Aids?
A Aids é o estado avançado da infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico e é transmitida por relações sexuais desprotegidas, o uso de seringas por mais de uma pessoa, por transfusão de sangue contaminado, instrumentos perfurocortantes não esterilizados ou da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação. Quando em tratamento, pessoas que vivem com HIV e que tenham a carga viral indetectável há pelo menos seis meses, não transmitem o vírus por via sexual.
O tratamento da Aids é feito por medicamentos antirretrovirais (ARV) e age impedindo o enfraquecimento do sistema imunológico. O coquetel é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenção ao HIV/Aids
Para se prevenir do HIV/Aids, é recomendável o uso de preservativo e o acompanhamento regular da saúde. Outro método eficaz e seguro é o uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), uma combinação de dois medicamentos que, ao serem tomados antes da relação sexual, permitem que o organismo esteja preparado para enfrentar um possível contato com o HIV.
Já o teste de HIV deve ser feito sempre que você passar por uma situação de risco, como ter tido uma relação sexual desprotegida, com rompimento do preservativo, ou ter sido vítima de violência sexual ou de acidente com instrumentos perfurocortantes.
Além da testagem, a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) é mais uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras ISTs, composta pelo uso de medicamentos que reduzem o risco de infecção. A PEP pode ser tomada até 72 horas após a exposição ao vírus.
O SUS oferece a PrEP e a PEP de forma gratuita e os testes para HIV, sífilis e hepatites B e C. A testagem é rápida e o resultado sai em até 30 minutos.
Sintomas da infecção pelo HIV
A infecção pelo HIV ataca o sistema imunológico. Durante a fase inicial, de infecção aguda, é normal o infectado ter sintomas de gripe, como febre e mal-estar. Esses sintomas podem durar de 3 a 6 semanas, enquanto o corpo do infectado leva de 30 a 60 dias para produzir anticorpos contra o vírus. O quadro é seguido por uma fase assintomática, que enfraquece o sistema imunológico e pode durar anos.
Com o enfraquecimento, as células de defesa começam a deixar de funcionar e vão sendo destruídas pelo vírus, levando até a fase sintomática inicial, caracterizada pela alta redução dos glóbulos brancos. Neste momento, é comum os sintomas incluírem febre, diarreia, sudorese noturna e emagrecimento. A baixa imunidade ocasionada pela infecção possibilita que a pessoa infectada sofra de doenças como hepatites virais, tuberculose, pneumonia e até câncer.