David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado do governo Donald Trump. Foto: Reprodução

David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado do governo Donald Trump, que visita o Brasil nesta terça (6) para discutir ações de segurança regional e combate ao crime organizado, já foi mercenário de guerra e trabalhou na mesma empresa que Edward Snowden, responsável pelo maior vazamento de documentos secretos na história do país.

Ele é oficial aposentado da Reserva do Exército, com passagens por Coreia e Afeganistão, além de funcionário de carreira da diplomacia dos Estados Unidos. Gamble também serviu no Senior Foreign Service (órgão que dá apoio à diplomacia americana) para quatro ex-presidentes (George W. Bush, Barack Obama e Joe Biden) e Donald Trump nos dois mandatos.

O secretário também atuou como Diretor Adjunto e Diretor Interno do Escritório de Redução da Ameaça de Armas Convencionais do Departamento de Estado antes de ir para o setor privado, trabalhando em empresas ligadas ao mercado de guerra dos Estados Unidos.

Ele foi consultor de segurança nacional na Engility Corporation, então chamada de MPRI, uma das maiores prestadoras de serviço militar para o governo do país. A companhia contrata mercenários para lutar em guerras, intervenções militares e treinar exércitos de outros países para proteger domínios americanos, como na Bósnia e Herzegovina, Iraque, Kuwait e África do Sul.

Gamble também trabalhou como consultor na empresa Booz Allen Hamilton, que ganhou fama com o caso Wikileaks. A companhia presta serviços na área de segurança, principalmente para o mercado de guerra, e passou a ser conhecida em 2013.

Naquele ano, Snoden, seu funcionário mais famoso, vazou diversos documentos secretos do governo americano, revelando a rede de vigilância mundial constituída pelos Estados Unidos em vários países, contando com a colaboração da própria Booz Allen Hamilton.

As informações são do jornalista e advogado Fernando Boscardin. Ele aponta que “ninguém trabalha para Democratas e Republicanos – cinco presidentes – em cargos importantes se não for extremamente profissional sem, necessariamente, viés político”.

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Last Update: 05/05/2025