O aumento das incertezas em relação ao compromisso do governo em recuperar o equilíbrio fiscal reacendeu o debate do risco de o país entrar novamente em um cenário de dominância fiscal — quando a política monetária não consegue mais surtir efeito no controle da inflação devido à piora do quadro fiscal — a perna manca tradicional do tripé macroeconômico — que é composto por câmbio flutuante, metas de inflação e superavit primário das contas públicas.
Não à toa, na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central acelerou o ritmo de alta da taxa básica da economia (Selic) de 0,5 ponto para 1,0 ponto percentual em dezembro, para 12,25% ao ano, e sinalizar mais duas altas da mesma magnitude nas primeiras reuniões de 2025.
Essa decisão reflete a preocupação de 80% dos entrevistados pelo BC de que haverá piora do quadro fiscal no questionário pré-Copom. Na reunião anterior, esse percentual era metade, de 40%.
Fonte: Correio Braziliense
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