Mercadante: investimentos do BNDES na indústria sobem para R$ 300 bi até 2026

Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, BNDES já liberou R$ 205 bilhões dos R$ 259 bilhões fixados inicialmente para o setor, cerca de 80% da meta

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou mais investimentos para o programa Nova Indústria Brasil (NIB). Durante evento por ocasião do Dia da Indústria, nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, Mercadante antecipou a ampliação para R$ 300 bilhões dos recursos direcionados ao NIB até o fim de 2026.

No terceiro mandato do presidente Lula, o BNDES já liberou R$ 205 bilhões dos R$ 259 bilhões fixados inicialmente para o setor, cerca de 80% da meta. “Aumentamos em 132% o crédito para a indústria brasileira, um salto fundamental para impulsionar a retomada da produção nacional”, comemorou Mercadante.

A respeito do desempenho da economia sob a liderança de Lula, o presidente do BNDES argumentou que o Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4% em 2024 resulta de políticas acertadas e da recuperação da indústria no país, que cresceu 3,1% no período, apesar do arrocho monetário adotado pelo Banco Central (BC).

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“O Brasil saltou da 40ª para a 25ª posição no ranking mundial da indústria, segundo o indicador do IEG [Instituto de Estudos Gerenciais]. Isso é um marco”, afirmou Mercadante.

O evento na sede do BNDES teve as presenças dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, vice-presidente Geraldo Alckmin, da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI), Gleisi Hoffmann, e da presidenta da Petrobras, Magda Chambriard.

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Efeito multiplicador

Em sua fala, a ministra-chefe da SRI mencionou o efeito multiplicador de uma política industrial forte como a adotada pelo governo federal. “A indústria brasileira criou mais de 530 mil empregos em 2023 e 2024, e destes, mais de 70% das vagas criadas foram ocupadas por jovens e mulheres. Nenhum argumento parece mais eloquente para comprovar o acerto desta política”, contabilizou Gleisi.

“A indústria tem um papel histórico a cumprir no desenvolvimento econômico e social e não podemos perder mais tempo. O que faltou nos últimos anos foi decisão política para incentivar o investimento e a produção. E é esta vontade política que não falta agora por parte do governo do presidente Lula”, acrescentou.

O papel do BNDES

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado se manifestou sobre os investimentos na indústria. O presidente nacional da legenda, senador Humberto Costa (PE), observou que “os bancos de desenvolvimento voltaram a cumprir o seu papel social” no governo Lula.

“O BNDES é um grande exemplo. Voltou a tomar um papel protagonista na indução do nosso crescimento e os resultados são extraordinários. A nossa indústria, por exemplo, tem apresentado expressivos dados positivos. E isso, consequentemente, tem impacto direto na geração de empregos de qualidade, no aumento da renda do trabalho, numa mudança estrutural e profunda na nossa sociedade”, avaliou.

Nas redes sociais, o senador Jaques Wagner (BA), líder do governo no Senado, também elogiou a reorientação estratégica do BNDES na atual administração.

“Agora, o governo Lula reforçou seu compromisso com o crescimento e abriu as portas do banco para grandes projetos estratégicos, e nas mais variadas áreas, de motores híbridos a vacinas, passando por inteligência artificial, entre vários outros”, enumerou.

Em outra publicação, Wagner descreve o BNDES como “um dos principais motores para levar o Brasil a um novo patamar de desenvolvimento”. “O caminho já está sendo trilhado, e a prova disso são os resultados. Não é qualquer um que atinge 80% da meta 20 meses antes do prazo.”

Já o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), mencionou a retomada da indústria pelo governo Lula. “Não existe país soberano sem indústria forte. E é exatamente isso que estamos construindo: um Brasil mais justo, produtivo e competitivo.”

PTNacional, com informações da SRI e Agência BNDES

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