O Brasil é um país onde a violência é um problema crônico, especialmente para as crianças e adolescentes do sexo feminino. A violência doméstica é uma das principais causas de morte entre essas vítimas, e a maioria das agressões ocorre dentro de casa.
De acordo com o Atlas da Violência 2024, mais de 221 mil mulheres e meninas sofreram alguma forma de violência em 2022, e quase metade das agressões foi de natureza sexual, contra garotas de 10 a 14 anos.
A violência doméstica é a mais comum, e a de natureza física é a mais frequente, seguida da múltipla violência, da negligência, psicológica e sexual. As meninas de 0 a 9 anos representam 15,2% das vítimas, e as crianças e adolescentes com idade até 14 anos são 24,5%.
O Atlas destaca que a análise das formas de violência por faixa etária revela as distintas violações que atingem meninas e mulheres ao longo da vida.
A violência sexual é um problema grave, e o Atlas aponta que a violência sexual é a mais frequente entre as vítimas de zero a nove anos, seguida pela negligência. Na faixa etária de 10 a 14 anos, a violência sexual se torna prevalente, com 49,6% dos registros no Sinan.
A violência sexual é um problema complexo, e é preciso superar o tabu em torno do tema. É necessário criar uma rede de apoio e proteção para acolher, ouvir e proteger as vítimas.
A cultura machista e a impunidade são dois dos principais problemas que contribuem para a violência sexual. É preciso superar esses problemas para criar um ambiente mais seguro para as mulheres e meninas.
Nos próximos dias, o Vermelho trará novas reportagens sobre outros dados levantados pelo Atlas.