Membros do PDT chamam Ciro de “companheiro” e pedem que não deixe o partido

Ciro Gomes Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

Em meio a uma possível saída de Ciro Gomes do PDT, membros de núcleo da sigla no Rio Grande do Sul escreveram uma carta para tentar convencê-lo a não abandonar a legenda. Chamando-o de “companheiro”, termo utilizado com frequência pelo presidente Lula, o texto faz um “apelo sincero e fraterno pela sua permanência”.

A carta diz que o Brasil vive “um dos momentos mais graves da história recente” em meio a uma “crise global, econômica, política e ambiental” e faz críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao petista. Para o grupo, a esquerda tem mostrado “incapacidade de apresentar respostas, claras, firmes e convincentes”.

“Neste cenário, o PDT, com a sua história, com o legado de Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, e com a liderança que o companheiro Ciro Gomes tem exercido nos últimos anos, é o único partido que propõe historicamente um Projeto Nacional de Desenvolvimento capaz de oferecer um caminho de esperança”, diz a carta.

Os correligionários de Ciro dizem que ele é “fundamental” no partido e representa uma “liderança nacional” para inspirar outros membros da sigla.

“Pedimos, com respeito, estima e espírito de luta, que permaneça no PDT. Que siga conosco na construção desse partido que o Brasil precisa. Que possamos juntos corrigir a rota, aperfeiçoar estratégias e colocar em prática, de maneira organizada e unitária, o Projeto Nacional de Desenvolvimento pelo qual tantas gerações trabalhistas lutaram”, prossegue.

O texto é assinado pelos deputados federais Afonso Motta e Pompeo de Mattos, do PDT do Rio Grande do Sul, deputados estaduais, membros da Fundação Leonel Brizola, movimentos ligados à sigla e outras lideranças. Veja o documento:

Os rumores de que Ciro poderia deixar o PDT surgiram há pelo menos dois meses, quando surgiram relatos de conversas sobre negociações com o PSDB visando uma candidatura ao governo do Ceará em 2026. Ele vinha criticando a indicação de Wolney Queiroz à frente do Ministério da Previdência Social e reclamou publicamente dos rumos da sigla.

A relação com Tasso Jereissati, representante do PSDB, também dava um indicativo de que ele em breve teria conversas mais sérias com o partido e realizaria a migração.

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