O legado de sucesso deixado pelo cantor e compositor Arlindo Cruz, que morreu nesta sexta (8), aos 66 anos, foi exaltado no meio artístico e político. Em nota, o governo federal diz que o país perdeu um dos maiores sambistas do mundo.

“Arlindo Cruz compôs e cantou um Brasil encantado, que ama, batalha e se diverte com orgulho de ser quem é. E transformou Madureira, um subúrbio proletário do Rio de Janeiro, no lugar de brasileiros de todo o país”, ressalta o governo federal.

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirma que a música brasileira perdeu, um ícone. “É com grande tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas do Brasil. Arlindo sempre foi uma fonte de inspiração. Suas canções, como “Meu Lugar” e “O Que É o Amor?”, ecoarão por gerações, celebrando a beleza e a resistência do samba. Nossos sentimentos à família, amigos e fãs. Que sua memória e legado continuem a iluminar nossos corações”, postou Alckmin.

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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse que recebeu com tristeza a notícia da partida de Arlindo Cruz. “Mestre do samba, compositor brilhante e voz fundamental da nossa cultura popular. Sua música segue viva, atravessando gerações e tocando o coração do Brasil. Meus sentimentos à família, aos amigos e à comunidade do samba”, disse.

Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Arlindo Cruz foi o sambista perfeito. “Afilhado de Candeia, discípulo de Beth Carvalho e Nei Lopes, contemporâneo de Jorge Aragão e Almir Guineto, cria do Cacique de Ramos, foi reverenciado em vida como um dos maiores nomes da música popular brasileira. O mais lírico e delicado dos compositores, um intérprete refinado, um músico como poucos. O Brasil perde um gênio, mas fica sua poesia e a esperança de um mundo melhor. Minha solidariedade e abraço à família e aos amigos. Vá em paz, mestre”, lembra a deputada.

“Com dor e tristeza o Brasil se despede de um gênio da música popular. Arlindo Cruz era desses talentos difíceis de serem definidos, que devem ser apenas reverenciados. Dono de uma inventividade incrível, compôs quase 700 sambas, do partido ao dolente, passando pelo samba enredo, de quadra, embolada, tudo que se puder imaginar. Não só Madureira, Serrinha, Cacique e Fundo vão chorar de saudade, mas todas as rodas e quintais do Brasil. Vai em paz, Arlindinho! Como você nos ensinou, O SHOW TEM QUE CONTINUAR!”, escreveu no X o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Para o cantor e compositor Caetano Veloso, morreu o maior sambista moderno. “Arlindo Cruz tinha a voz luminosamente aguda e era um deus ao cantar suas próprias melodias mágicas ou a de outros onde ele se reencontrava. Eu tive a honra de, nervoso, dividir com ele a Trilha do Amor de André Renato, Xande e Gilson Bernini. Momento inesquecível. Viva para sempre a música de Arlindo”, disse.

“O Cacique de Ramos registra, com profundo respeito, a partida de Arlindo Cruz nesta sexta-feira. Sua trajetória permanece inscrita na história do samba e na memória da nossa instituição, como autor e intérprete que, com talento singular.”

A banda Os Paralamas do Sucesso destaca que o Brasil se despede de Arlindo Cruz, grande sambista e compositor de vários sucessos inesquecíveis. “Mas, acima de tudo, fica a lembrança de um cara muito bacana, sempre muito carinhoso com os Paralamas. Nossos sentimentos aos familiares e amigos”, diz.

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Last Update: 09/08/2025