
Após receber alta hospitalar neste domingo (4), os médicos de Jair Bolsonaro (PL) recomendaram que o ex-presidente não participe presencialmente do ato em defesa da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, marcado para a próxima quarta-feira (7), em Brasília. Bolsonaro passou por uma cirurgia de desobstrução intestinal em 13 de abril e permaneceu internado por 23 dias.
Questionado pela imprensa se estaria presente na manifestação, Bolsonaro respondeu de forma evasiva: “Quem vai responder são eles”, referindo-se à sua equipe médica. O ex-mandatário, ainda durante a internação, havia convocado seus apoiadores a comparecerem ao ato, que deve reunir defensores dos acusados pelos atos antidemocráticos.
O cirurgião-geral Cláudio Birolini, responsável pela operação, afirmou que a recomendação médica é clara: “Nós passamos as instruções para o presidente para que ele não participe diretamente do ato, presencialmente do ato, porque isso não seria recomendado neste momento.” A restrição foi reforçada pelo cardiologista Leandro Echenique, que explicou: “A recomendação é de evitar aglomeração, até pelo risco de infecções.”

Mesmo impedido de comparecer, Bolsonaro reafirmou seu apoio à anistia. “Não adianta alguém falar que anistia é perdão e o que aconteceu é imperdoável. Não teve uma gota de sangue, não teve uma arma de fogo, nada”, declarou o ex-presidente, minimizando os episódios violentos do 8 de Janeiro.
Bolsonaro deixou o hospital DF Star por volta das 11h da manhã da sexta-feira (2), acompanhado da esposa, Michelle Bolsonaro, e de membros da equipe médica. Ele foi saudado por apoiadores na saída e conversou brevemente com a imprensa, antes de seguir para sua residência, onde continuará o tratamento em casa, em Brasília.
A obstrução intestinal que motivou a internação está relacionada às sequelas da facada que sofreu em 2018, durante a campanha presidencial. Segundo especialistas, esse tipo de obstrução pode ser causado por aderências intestinais, e os sintomas incluem cólicas, náuseas e dificuldade para eliminar gases. Desde o atentado, Bolsonaro já passou por múltiplos procedimentos cirúrgicos similares.
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