
Uma pesquisa feita pelo Datafolha com 601 médicos de todo o país apontou o Hospital Israelita Albert Einstein como o melhor do Brasil. O levantamento, realizado entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, foi encomendado pelo próprio Einstein e considerou opiniões espontâneas dos profissionais, que atuam em instituições públicas e privadas, em diversas especialidades.
O Einstein foi citado espontaneamente como o melhor hospital por 36% dos entrevistados, ficando à frente do Hospital Sírio-Libanês, mencionado por 19%. Quando os médicos indicaram os três melhores hospitais do país, o Einstein liderou com 56%, seguido de perto pelo Sírio-Libanês, com 51%, e pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com 11%.
“O diferencial do Einstein é o fato de ser uma organização de alta complexidade, com medicina de ponta e corpo clínico de excelência, baseada em uma cultura com princípios judaicos, das boas ações, da assistência à saúde, do ensino e da justiça social”, afirmou o cirurgião Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Segundo Klajner, o desempenho é resultado de protocolos de segurança e inovação. “A grande sacada é que conseguimos sinergia entre diferentes áreas. As nossas pesquisas validam as inovações, que são transmitidas nos nossos cursos de graduação e pós, por exemplo”, completou.
Na avaliação por especialidade, o Einstein ficou em primeiro lugar em cinco áreas (gastroenterologia, neurologia, oncologia, ortopedia e endocrinologia) e empatou na liderança em cardiologia, com 15% das menções. Nesta última, o hospital foi seguido de perto pelo Sírio-Libanês e pelo InCor, ambos com 13%.
O Einstein também destacou-se em oito indicadores de infraestrutura e serviços:
– Melhor infraestrutura geral (48%)
– Corpo clínico mais qualificado (45%)
– Equipamentos mais avançados (44%)
– Investimento em tecnologia (43%)
– Qualidade e segurança assistencial (42%)

O cardiologista Fernando Ganem, diretor-geral do Sírio-Libanês, atribui o bom desempenho da instituição ao preparo dos profissionais. “Conseguimos reunir um corpo clínico de alta qualidade, 90% estudaram no InCor, e oferecemos a estrutura que eles precisam para exercer aquilo que sabem fazer de melhor”, disse.
Entre os hospitais públicos, o mais admirado pelos médicos foi o Hospital das Clínicas de São Paulo, com 47% das menções. Em seguida, vieram o InCor (8%) e o Hospital das Clínicas da Unicamp (6%). Na área pública da oncologia, o Icesp foi o mais citado, com 13%, seguido pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, com 8%.
Já a amostra refletiu a Demografia Médica de 2024:
– 76% atuam em hospitais
– 53% formados em universidades públicas
– 50% com até 40 anos
Os médicos também avaliaram 14 critérios em hospitais privados, incluindo infraestrutura, corpo clínico, tecnologia, segurança e qualidade no atendimento. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, com 95% de confiança.