
O médico Sergio Alfieri, que acompanhava o Papa Francisco, revelou detalhes dos últimos momentos do pontífice. Segundo ele, Francisco morreu rapidamente após sofrer um derrame na manhã de segunda-feira (21). “Entrei no quarto e ele estava com os olhos abertos”, contou ao Corriere della Sera.
“Confirmei que não havia problemas respiratórios. Tentei chamá-lo pelo nome, mas ele não me respondeu”, continuou. “Naquele momento, eu soube que não havia mais nada a fazer. Ele estava em coma”.
Alfieri foi chamado ao Vaticano por volta das 5h30 e chegou cerca de 20 minutos depois. Ele afirmou que, mesmo com a tentativa de atendimento imediato, não havia mais o que fazer. Em outra entrevista, ao La Repubblica, explicou que a transferência para um hospital não teria adiantado. “Foi um daqueles derrames que, em uma hora, te levam embora”, disse.
Francisco tinha 88 anos e havia se recuperado de uma pneumonia que o deixou internado por 38 dias. Após receber alta em 23 de março, retomou gradualmente suas atividades, com autorização médica. No Domingo de Páscoa, apareceu em público no papamóvel, transmitindo a imagem de que estava bem.
Mesmo com recomendações de repouso, o papa manteve uma agenda leve. Chegou a se encontrar com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e visitou presos em Roma durante a Semana Santa. Segundo Alfieri, ele respeitava os limites definidos pelos médicos.

O último encontro entre Alfieri e o papa foi no sábado (19). O médico contou que o pontífice estava bem e até brincou durante a conversa. “Disse que tinha começado a trabalhar novamente e que estava gostando”, afirmou. Ele também levou uma torta que sabia ser uma das favoritas do papa.
Para Alfieri, Francisco manteve o desejo de exercer sua função até o fim. “Sabíamos que ele queria voltar para casa e ser papa até o último momento. Ele não nos decepcionou”, concluiu o médico.
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