
As investigações contra o médico e vereador de Canarana, Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa, de 39 anos, revelam um padrão perturbador de abusos sexuais e dominação psicológica.
Preso no último sábado (31) por estupro de vulnerável e armazenamento de material de abuso sexual infantil, Barbosa teria agido de forma sistemática, explorando a fragilidade emocional de mulheres adultas e suas filhas menores. Até o momento, a Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT) identificou cinco vítimas, incluindo uma criança de 8 anos.
Modus Operandi: Dominação Psicológica e Escravidão Sexual
De acordo com o delegado Flávio Leonardo, responsável pelo caso, o vereador utilizava sua posição como médico e político para se aproximar de mulheres em situação vulnerável, estabelecendo relações de dependência. “Ele manipulava emocionalmente as vítimas, criando um ciclo de subjugação que as impedia de reagir”, explicou o delegado.
Um dos casos mais graves envolve uma mulher de 29 anos e sua filha, de apenas 8 anos. Segundo as investigações, Barbosa não apenas abusou sexualmente da mãe, como também produziu conteúdo íntimo para coagir a vítima. Aproveitando-se do domínio psicológico que exercia, o médico teria estendido os abusos à criança.
Outra vítima, uma adolescente de 15 anos, relatou à polícia que foi alvo de Barbosa desde os 12 anos. Os depoimentos indicam que o vereador forçava um relacionamento abusivo, aproveitando-se da idade e da fragilidade da menor.
Reações Institucionais: Afastamento e Investigação
Diante da gravidade das acusações, o Partido Liberal (PL) suspendeu a filiação do vereador. Ananias Filho, presidente estadual do partido, afirmou que o “PL Mulher repudia veementemente os crimes atribuídos a Barbosa”.
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) abriu sindicância para apurar a conduta profissional do médico, enquanto a Câmara Municipal de Canarana determinou seu afastamento imediato do cargo.
Justiça Determina Prisão Preventiva
Barbosa segue preso por decisão judicial, enquanto as investigações avançam. A polícia não descarta a possibilidade de novas vítimas serem identificadas, uma vez que o padrão de atuação do acusado sugere que ele pode ter agido de forma semelhante em outros casos.
A sociedade de Canarana, cidade localizada a 838 km de Cuiabá, tem acompanhado o caso com indignação. Organizações de defesa dos direitos das mulheres e crianças cobram justiça e medidas rigorosas para evitar a impunidade.
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