O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, alvo de queixa-crime no STF apresentada pelo Me Too Brasil – Foto: Reprodução

O Me Too Brasil apresentou uma queixa-crime contra Silvio Almeida, no Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de difamação. A organização alega que o ex-ministro dos Direitos Humanos usou sua posição no governo para atacar a entidade e sua diretora-presidente, Marina Ganzarolli, após denúncias de assédio sexual contra ele. Uma das mulheres que procuraram o Me Too Brasil para denunciar o ex-ministro foi Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.

Segundo a ação, Almeida teria feito declarações públicas para desacreditar as acusações e sugeriu que o Me Too Brasil agia por interesses políticos e financeiros.

Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), durante sua gestão, publicou uma nota oficial nos canais do governo federal alegando que a entidade tentou interferir em um processo licitatório da pasta.

A queixa-crime pede que o STF investigue as declarações e adote as medidas cabíveis contra o ex-ministro. O Me Too Brasil reforça que atua na defesa dos direitos das vítimas de violência e que seguirá prestando apoio às mulheres que denunciaram Almeida. O caso agora será analisado pelo Supremo.

Silvio Almeida quebra o silêncio

O ex-ministro quebrou o silêncio e, durante entrevista, rebateu as acusações de importunação sexual feitas por Anielle Franco. Na ocasião, ele sugeriu uma articulação política para desgastá-lo.

Segundo ele, setores do movimento negro, ONGs e adversários dentro do governo teriam se aproveitado do caso para minar sua credibilidade.

“O objetivo talvez fosse minar minha credibilidade, tirar meu espaço em certos círculos da elite carioca, da academia, com pessoas ligadas ao sistema de justiça. Me queimar”, disse Almeida.

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco – Foto: Fabio Rodrigues -Pozzebom/Agência Brasil

As denúncias de assédio sexual contra Almeida tornaram-se públicas em 5 de setembro de 2024, quando a Me Too Brasil confirmou ter recebido relatos de vítimas, incluindo Anielle.

Em resposta, Silvio Almeida, já de início, negou veementemente as acusações.

Na época, após a repercussão do caso, Silvio Almeida foi demitido do governo. A gestão do presidente Lula (PT) considerou insustentável a permanência do então ministro no cargo.

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Last Update: 10/03/2025