O tenente-coronel João Silva. Foto: reprodução

O tenente-coronel João Silva, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), utilizou sua residência no Setor Militar Urbano para entregar um relógio Rolex, presenteado ao governo brasileiro, a outro assistente do ex-presidente. A casa de Silva está situada próxima ao Quartel-General do Exército, em Brasília, em uma área com segurança reforçada.

De acordo com o colunista Luís Carlos, do Metrópoles, as informações são baseadas em mensagens, vídeos do aeroporto de Brasília e no depoimento de Paulo Roberto, ex-assistente de ordens de Bolsonaro, conforme citado pela Polícia Federal (PF).

No dia 2 de abril do ano passado, Silva chegou a Brasília com um relógio Rolex na mochila, que foi rapidamente recomprado nos Estados Unidos por Leonardo Santos, advogado da família Bolsonaro. Santos entregou o item de luxo a Silva no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, conforme o depoimento de Silva à PF.

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João Silva, Jair Bolsonaro e Leonardo Santos. Foto: reprodução

Vale destacar que a equipe de Bolsonaro estava correndo para devolver à União os bens vendidos irregularmente, temendo uma decisão iminente do Tribunal de Contas da União (TCU).

Paulo Roberto contou aos investigadores que, naquele dia, ele pegou Silva no aeroporto de Brasília e o levou até sua casa no Setor Militar Urbano. “Após o desembarque das filhas [de Silva], Silva aproximou-se do declarante [Roberto] e lhe entregou o relógio Rolex de ouro branco”, diz a PF.

A PF indiciou Bolsonaro, Silva, Santos, Roberto e mais oito pessoas no inquérito das joias. Santos foi indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se vai denunciar os investigados ao STF.

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Última Atualização: 11/07/2024