
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em delação premiada que o general Estevam Theophilo, então comandante de Operações Terrestres do Exército, aceitaria aderir à trama golpista caso o ex-presidente assinasse a minuta do golpe. Segundo Cid, o documento foi apresentado diretamente ao general por Bolsonaro durante uma reunião. Com informações do g1.
Embora não estivesse presente no encontro, Mauro Cid relatou que foi informado pelo próprio general Theophilo sobre os detalhes discutidos. “Foi repassado ao colaborador que o general Theóphilo disse que se o Presidente JAIR BOLSONARO assinasse o decreto, as Forças Armadas iriam cumprir; INDAGADO quem lhe repassou essa informação, respondeu QUE foi o próprio General Theóphilo”, destaca um trecho da delação.
O sigilo do acordo de colaboração premiada, firmado em 2024 entre Cid e a Polícia Federal, foi derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (19). Na mesma decisão, o magistrado estabeleceu um prazo de 15 dias para que os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (18) apresentem suas defesas por escrito.

A Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia contra Jair Bolsonaro e militares, acusando-os de tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-presidente responde por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito por meio da força, golpe de Estado e dano qualificado.
Essa é a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é formalmente denunciado por tentativa de subverter o Estado Democrático de Direito. A acusação, inédita, tem como base uma investigação que examinou o envolvimento de Bolsonaro e seus principais aliados, incluindo os generais da reserva Braga Netto e Augusto Heleno, ex-ministros do governo.
A PGR alega que o ex-mandatário liderou a organização criminosa com o objetivo de permanecer no poder, mesmo após ser derrotado nas eleições de 2022.
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