Um ataque aéreo a um complexo escolar em Gaza, realizado no sábado (10), resultou na morte de mais de 100 pessoas, segundo a agência de comunicações do governo de Gaza. Inicialmente, autoridades palestinas haviam informado cerca de 40 mortos, número que foi atualizado horas após o ataque.
O gabinete de imprensa do Hamas comunicou que os ataques ocorreram durante as orações do amanhecer. As escolas na região têm sido utilizadas como abrigos para palestinos que foram forçados a fugir de suas casas devido ao conflito em andamento.
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À AFP, Abu Anas, testemunha que participou do resgate das vítimas, descreveu a cena devastadora: “Havia pessoas rezando, lavando roupa e dormindo, incluindo crianças, mulheres e idosos. O míssil caiu sobre eles sem aviso. Recuperamos os corpos em pedaços.”
O ataque deste sábado já é o quinto em uma escola desde o último domingo (4). De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 477 dos 564 prédios escolares em Gaza foram diretamente atingidos ou danificados até o dia 6 de julho. Desde então, pelo menos outros 14 foram alvos de ataques. A escola Al-Taba’een, que foi atingida neste sábado, abrigava mais de 1.000 pessoas, incluindo recentemente deslocados da cidade de Beit Hanoun, após o exército israelense ordenar a evacuação das suas casas.
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O Escritório de Direitos Humanos da ONU disse no início desta semana que estava “horrorizado com o padrão de desdobramento” de ataques em escolas em Gaza, de acordo com uma declaração em 5 de agosto, acrescentando que “tais ataques estão aumentando”.
A ofensiva israelense em Gaza, que começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro, já causou a morte de mais de 39 mil palestinos e deixou mais de 91 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde local. Cerca de 1,9 milhões de pessoas, dos 2,3 milhões que habitavam Gaza antes da guerra, foram deslocadas e agora vivem em condições precárias em acampamentos de tendas na costa de Gaza.
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O ataque ocorre em um momento crítico, quando mediadores dos Estados Unidos, Qatar e Egito intensificam seus esforços para alcançar um cessar-fogo entre as partes. As tensões na região aumentaram após o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e de um comandante do Hezbollah em Beirute.
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com informações de agências