Com a resistência de Geraldo Alckmin (PSB) e Fernando Haddad (PT) em disputar as eleições de 2026 em São Paulo, a ex-prefeita Marta Suplicy passou a ser considerada por setores do Partido dos Trabalhadores como uma possível candidata na chapa da esquerda. Ela é cogitada tanto para vice-governadora quanto para uma vaga no Senado. Com informações do Globo.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que a formação de uma chapa competitiva para o governo de São Paulo tornou-se um desafio. O partido ainda não definiu um nome com força suficiente para enfrentar o atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que deve concorrer à reeleição com amplo favoritismo.
Segundo informações de bastidores, o PT chegou a articular candidaturas de Geraldo Alckmin ao governo estadual e de Fernando Haddad ao Senado. A ideia seria aproveitar o recall de Alckmin, que já governou São Paulo quatro vezes, enquanto Haddad teria visibilidade nacional como ministro da Fazenda. No entanto, ambos demonstraram resistência: Alckmin pretende continuar como vice de Lula, e Haddad não deseja entrar na disputa.
Márcio França já se lançou como pré-candidato
O ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), já manifestou publicamente seu desejo de disputar o governo de São Paulo novamente. Em abril, durante o congresso estadual do PSB, ele lançou sua pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.
No cenário mais provável atualmente, o governador Tarcísio de Freitas deve concorrer à reeleição com apoio de uma ampla aliança de partidos de centro e direita. Isso dificultaria a formação de uma chapa competitiva da esquerda, já que as opções para coligações se tornariam mais escassas.
Marta é bem avaliada em pesquisa interna
Diante das dificuldades, o nome de Marta Suplicy passou a ganhar força. Uma pesquisa interna do PT, que circulou entre lideranças paulistas, revelou que a ex-prefeita tem avaliação positiva entre os eleitores, até levemente superior à de Alckmin. Ela aparece entre os nomes mais bem avaliados da esquerda. Fernando Haddad não foi testado no levantamento.
Relação próxima com Lula pode ser decisiva
Um dos principais trunfos de Marta é sua relação pessoal com o presidente Lula. Em março, o presidente participou da comemoração dos 80 anos da ex-prefeita, evento que reforçou a proximidade entre ambos. Segundo aliados, qualquer decisão sobre a candidatura dela dependerá diretamente de um aval do chefe do governo.
Em 2024, ela retornou ao PT após articulação direta de Lula e foi candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa com Guilherme Boulos (PSOL). Os dois foram derrotados por Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno.
Apesar da força do nome de Marta, uma ala do PT defende a renovação dos quadros da esquerda. Esses setores acreditam que é necessário apostar em novos nomes para enfrentar o desafio eleitoral em 2026.
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