Na quarta-feira (10), o estrategista político Mateus Costa prestou um depoimento explosivo à Polícia Civil, acusando Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB e aliado político de Pablo Marçal, de ter supostos vínculos com o “alto comando” do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Costa relatou que foi ameaçado de morte por Avalanche após confrontá-lo sobre negociações obscuras dentro do partido. Segundo Costa, a ameaça ocorreu após uma reunião na qual ele acusou Araújo de ter vendido os 27 diretórios do PRTB, incluindo o de São Paulo, que teria sido negociado diretamente com Pablo Marçal, pré-candidato a prefeito de SP.
Costa também afirmou ter recebido valores de Avalanche para votar na eleição que o tornou presidente do partido, além de possuir provas dessas transações.
O depoimento de Costa foi registrado na 4ª Delegacia de Polícia de Minas Gerais, onde ele detalhou que as provas originais foram deletadas por Avalanche após solicitar seus telefones celulares. No entanto, Costa assegurou que tinha salvado cópias dessas provas em outro dispositivo.
Mateus Costa, também filiado ao PRTB, trabalhou na pré-campanha de Pablo Marçal à Presidência em 2022, mas rompeu com Marçal e Avalanche devido a desentendimentos internos. Ele mencionou que a reunião onde ocorreu a ameaça aconteceu em abril deste ano, no hotel Royal Tulip em Brasília, e afirmou possuir evidências em vídeo que comprovam o encontro.
Tanto Pablo Marçal quanto Leonardo Avalanche não responderam aos contatos da imprensa após as acusações de Costa. Anteriormente, Araújo havia descrito Costa como um “charlatão” em declarações públicas.
Costa explicitou durante o depoimento sua preocupação com retaliações por mencionar o PCC, pedindo que essa parte fosse tratada com cautela pelas autoridades.
A investigação sobre as acusações de Costa promete trazer novos desdobramentos sobre a gestão e os vínculos políticos dentro do PRTB, enquanto a polícia continua a apurar os detalhes apresentados.
