O deputado federal Mário Frias (PL-SP) se revoltou com a prisão do general Walter Braga Netto, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em publicação nas redes sociais, Frias atacou duramente as Forças Armadas, acusando os militares de submissão à elite econômica e de falharem como defensores do país.
O político afirmou que “com raras exceções”, os oficiais das Forças Armadas agem como “bichinhos de estimação da elite plutocrata que domina o país”. Ele classificou a imagem de coragem associada aos militares como uma “farsa” e sugeriu que a prisão de Braga Netto simboliza o declínio da instituição. “A prisão do honrado General Braga Netto é só mais um demonstrativo do quão baixo seus pares chegaram para servir aos interesses da facção que está no poder”, escreveu.
O deputado ainda criticou o suposto comportamento passivo dos militares diante do atual cenário político, mencionando que o treinamento das Forças Armadas teria imposto um “temor servil e quase religioso por cargos e títulos burocráticos”. Frias concluiu sua fala com uma acusação direta: “Vocês são uma vergonha para a nação e entrarão para a história como a geração de covardes que são!”.
Alguns irão se chatear com o que vou dizer, mas é necessário que eu diga, para que possamos encerrar de vez uma das ilusões que nos aprisionam no debate político. Convivi com oficiais das mais altas patentes das Forças Armadas, eles são, via de regra e com raras exceções,…
— Mário Frias (@mfriasoficial) December 14, 2024
Prisão de Braga Netto
A prisão de Braga Netto foi decretada pelo STF, com base em suspeitas de obstrução à justiça no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado de 2022. Segundo a Polícia Federal (PF), a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares relacionadas a atividades que estariam interferindo na instrução processual penal. A defesa de Braga Netto ainda não se pronunciou.
O general foi detido no quartel da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, por decisão judicial. As investigações apontam que ele teria participado de reuniões que incluíram discussões sobre um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, ministro do STF. Esses encontros, de acordo com a PF, teriam ocorrido na casa de Braga Netto e faziam parte da trama golpista organizada por núcleos bolsonaristas.
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