Investigadores revelaram à imprensa que o general da reserva Antônio Carlos, acusado de ser um dos principais autores e articuladores do plano de golpe de Estado, está avaliando aceitar um acordo de delação premiada.

Antônio Carlos teria demonstrado frustração por ser apontado como um militar que agia sem comando superior, de que queria impor as próprias vontades e que teria sugerido medidas ortodoxas, extremistas e ilegais.

O general da reserva teria relatado que era responsável por cuidar de questões relacionadas ao conluio a partir de pedidos e ordens que seriam de Bolsonaro e Braga Netto.

A defesa do ex-presidente, aliás, teria gerado incômodo em Antônio Carlos. Bolsonaro alega perseguição política e afirma desconhecer os planos para matar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O posicionamento do ex-presidente, que almeja responsabilizar Antônio Carlos, foi visto como uma traição.

Defesa

Preso desde 19 de novembro, Antônio Carlos está lendo o relatório final elaborado pela Polícia Federal para estabelecer, junto com seus advogados, a estratégia de defesa.

Além de atuar na tentativa de golpe de Estado, o general da reserva seria responsável em apoiar, material e financeiramente, a trama para evitar a posse de Lula.

Antônio Carlos também tinha como função orientar os manifestantes acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, após o fim das eleições de 2022.

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Last Update: 02/12/2024