A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que os incêndios registrados no interior de São Paulo e em parte dos biomas brasileiros são “inéditos” e serão investigados.
“Tem uma situação inédita. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte da nossa curva de experiência na nossa trajetória de tantos anos de abordagem do fogo“, disse Marina.
A declaração foi dada após uma reunião entre a ministra com o presidente Lula (PT), o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, entre outras autoridades, na sede da Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.
“Da mesma forma que tivemos o ‘dia do fogo’ há uma forte suspeita que agora esteja acontecendo de novo”, afirmou Marina, se referindo ao caso que aconteceu em 2019, quando fazendeiros planejaram por meio de um aplicativo de mensagens uma série de incêndios criminosos no Pará.
“No caso do Pantanal, a gente estava tendo ali a abertura de dez frentes de incêndios por semana. No caso da Amazônia, nós identificamos o mesmo fenômeno. E, em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias você tenha tantas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios“, pontuou a ministra.
Desde a última sexta-feira (23), ao menos 48 cidades paulistas estão em alerta máximo para queimadas, que bateu recorde no estado. A PF abriu dois inquéritos para apurar as causas dos incêndios no interior do estado e prendeu dois suspeitos neste final de semana.
Segundo Marina, também há em curso na PF outros 31 inquéritos para apurar incêndios no Pantanal e na Amazônia. Um homem também foi detido em Goiás.
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