
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) diz rejeitar o acordo feito entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) para retirar sua tornozeleira eletrônica, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
“Querem que eu aceite um acordo para deixar o mandato e, no meu lugar, assuma a minha suplente, que é de esquerda. Isso não vai acontecer. Nem eu nem a oposição aceitamos esse acordo. Rejeito. O que queremos é que tirem as medidas cautelares impostas contra mim para não haver confronto institucional com o Senado”, disse.
Segundo o senador, houve uma reunião entre Alcolumbre e os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, do STF, para encerrar a crise que se instalou com a implantação da tornozeleira eletrônica.
Pelo acordo, o Senado apresentaria, nesta terça-feira (5), um pedido para rever as medidas cautelares e, em troca, a Casa suspenderia o mandato de Marcos do Val por divulgar relatórios sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o 8 de Janeiro.
A medida se baseia em um artigo do Conselho de Ética que prevê a suspensão temporária do mandato nesse tipo de situação.
Moraes determinou o uso da tornozeleira após o senador retornar dos Estados Unidos, ignorando ordem do STF para entregar o passaporte. Ao desembarcar em Brasília, foi conduzido pela Polícia Federal (PF) para a instalação do dispositivo eletrônico.
