O deputado Marcon (PT-RS) usou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (8/7) para denunciar episódios de violência que aconteceram no Rio Grande do Sul. O ataque a uma escola em Estação, na região Norte, que deixou uma criança morta e duas feridas, nesta quarta-feira. E a morte do agricultor Valdemar Both pela Patram (Polícia Ambiental da Brigada Militar), na terça-feira (1º/7).
Ataque em escola e críticas a Bolsonaro
Marcon comentou o ataque à Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, em Estação, onde um adolescente armado com uma faca matou uma criança, feriu outras duas e uma professora. Marcon associou o caso à “cultura de armas e ódio” que, segundo ele, foi incentivada pelo Governo Bolsonaro.
“Durante quatro anos, se elogiava mais o ódio, as armas, do que o livro na mão da criança. Foi isso que foi construído no Governo Bolsonaro”, criticou. “Ele fazia questão de pegar uma criança no colo e fazer gesto de arma. Pelo contrário, deveria ter feito a cultura da paz, do diálogo, do livro.”
Regulação de redes sociais
Marcon ainda defendeu a regulação das redes sociais. Ele argumenta que muitos jovens são influenciados via online, por discursos violentos. O parlamentar prestou solidariedade às vítimas e à comunidade escolar, e reforçou a necessidade de políticas públicas que priorizem a paz e a educação.
Execução de agricultor
O deputado também citou o caso do agricultor Valdemar Both, morto a tiros pela Brigada Militar em Santa Maria, região Central do Rio Grande do Sul. “Foram lá e executaram a tiro esse agricultor, sem a mínima condição de defesa. A mãe dele gritava: ‘Deixa meu filho, porque meu filho é trabalhador’”, relatou.
Marcon questionou a versão da Brigada Militar, que afirmou ter agido dentro das regras. “Quando viu que esse senhor estava assustado, deveria ter ido embora, voltado outro dia. Não precisava ter executado ele na frente da própria mãe”, afirmou, ao declarar solidariedade à família.
Lorena Vale