
O repórter do Estadão André Schalders usou as redes sociais para se referir ao escritor Marcelo Rubens Paiva como um “aristocrata brasileiro”. Paiva é filho da ativista de direitos humanos Eunice Paiva e do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado naditadura militar.
O jornalista, aparentemente arrependido, apagou a publicação após a repercussão negativa. Marcelo, alvo do comentário, é autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que serviu de base para o longa dirigido por Walter Salles, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional no último domingo (2).

Ele também repostou uma publicação insinuando que Walter Salles “deu em cima” de Fernanda Torres, que interpretou Eunice Paiva no filme, enquanto o diretor subia ao palco para receber o Oscar. “Pouca gente comentando sobre a posição da mão dele, mas me deixou pensativa”, diz a publicação.
gente pouca gente comentando sobre a posição da mão dele mas me deixou pensativa https://t.co/NSMHBXaVDl
— gio HELD HOZIER's HAND (@nfwpascal) March 3, 2025
Não é a primeira vez que Schalders “ganha os holofotes” por suas declarações, nem a primeira em que apaga publicações após a repercussão. Uma atitude covarde, típica de um medroso.
No final de 2023, o jornalista foi responsável por reportagens que sugeriam que uma suposta “dama do tráfico” teria se encontrado com Flávio Dino, então ministro da Justiça e Segurança Pública e atualmente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A mulher, Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas e apontado como integrante do Comando Vermelho no Amazonas, esteve em Brasília meses antes. No entanto, sua presença ocorreu na condição de representante de uma ONG que atua pela melhoria das condições da população carcerária no estado, sem qualquer agenda ou encontro com Dino.
Schalders admitiu ter sido ele quem criou o apelido “dama do tráfico” para a personagem de sua reportagem, mas posteriormente apagou o comentário. No caso de Marcelo Rubens Paiva, repetiu a mesma atitude covarde, excluindo a declaração após a repercussão.
Além dessas polêmicas, o repórter do Estadão utiliza com frequência suas redes sociais, especialmente o X (antigo Twitter), para criticar e ironizar o governo do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva e o Partido dos Trabalhadores.
Confira:
"As notícias mais relevantes do dia enviadas ao presidente são basicamente tiradas de blogs e sites de esquerda — simpáticos, obviamente, ao governo" https://t.co/vOrtJdpeiB
— andre shalders (@andreshalders) February 16, 2025
o sorriso espontâneo pic.twitter.com/BSQJMO92QQ
— andre shalders (@andreshalders) February 25, 2025
Janja viajou a Roma na classe executiva, mesmo sem ser ministra, e passagens custaram R$ 34 mil
Comitiva brasileira tinha 12 pessoas e gastos foram de R$ 300 mil
Mostramos no @Estadao pic.twitter.com/O2jcmjazdr
— andre shalders (@andreshalders) February 25, 2025
o pallocismo cultural já está infiltrado na mídia hegemônica pic.twitter.com/q0Ro7PSFRB
— andre shalders (@andreshalders) January 27, 2025
Depois da coça do Pix, governo avalia novo projeto para regulamentar redes sociais, informam @brunoboghossian, @Catia_Seabra e Mariana Holanda na Folha pic.twitter.com/x544BeLXlO
— andre shalders (@andreshalders) January 28, 2025
N'O Globo: Lula não via rejeição maior que aprovação desde o mensalão (2005)
A verdade é que ele nunca esteve habituado a governar sendo impopular
Estamos navegando mares não mapeados pic.twitter.com/OmXQ4jHVl5
— andre shalders (@andreshalders) February 3, 2025
O centrão manda as emendas para fazer pracinha em cidade do interior
O PT resolveu mandar para a TV da CUT, a TVT. Se vc não conhece, é pq ninguém conhece mesmo — dá traço https://t.co/gFjpkiv8RR
— andre shalders (@andreshalders) February 4, 2025
e dentro dessa parcela da distribuição ainda tem imposto https://t.co/SyyX3kkchS
— andre shalders (@andreshalders) February 17, 2025