O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), esteve envolvido em uma quadrilha especializada em fraudes bancárias, desmantelada pela Polícia Federal em Goiânia (GO) em 2005. De acordo com a investigação, além de capturar e-mails de vítimas para o grupo, ele utilizava carros cedidos pela organização para passear.
A controvérsia ganhou força recentemente, à medida que adversários políticos e o público em geral começaram a questionar o passado do candidato. Documentos armazenados na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia indicam que Marçal, então com 18 anos, estava envolvido em atividades ligadas à quadrilha, embora ele mantenha a versão de que apenas fazia manutenção em computadores e não obteve nenhuma vantagem financeira do esquema.
Relatórios de segurança de bancos, enviados à Polícia Federal, revelam que os valores subtraídos das contas das vítimas variavam entre R$ 95 e R$ 15 mil — valores que, corrigidos pela inflação, hoje equivalem a cerca de R$ 270 a R$ 43 mil. A investigação aponta que o coach era pago por um dos líderes da quadrilha e tinha acesso aos veículos do grupo para uso pessoal.
Em sua defesa, Marçal insiste que foi processado de forma injusta durante 13 anos e que sua participação se limitava à prestação de serviços técnicos. No entanto, o caso reacende questões sobre a ética e a integridade do candidato, especialmente em um momento crucial de sua campanha eleitoral.
Ricardo Cozac, condenado a oito anos e nove meses de prisão no mesmo processo e identificado como o “principal cartãozeiro” da quadrilha, saiu em defesa de Marçal, alegando que as acusações contra ele são fruto de manipulações políticas e da imprensa.