O influenciador Pablo Marçal discursa durante mentoria espiritual para brasileiros no Egito, antes de ir à Jordânia e a Israel – @medinamaker – 23.jun.2025/Instagram

O coach e empresário bolsonarista Pablo Marçal, ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, está liderando uma viagem de “mentoria espiritual” com cerca de 220 brasileiros, atravessando o Egito, Jordânia e Israel, em meio ao intenso conflito no Oriente Médio. A viagem, que começou no dia 18 de junho, ganhou destaque devido à guerra entre Israel e Irã. O influenciador afirmou que a visita à região foi autorizada pelo governo de Israel, e que a viagem não tem fins turísticos, mas um “propósito espiritual”.

A jornada de Marçal é descrita por ele como uma “expedição”, com o grupo tendo atravessado o Mar Vermelho e feito paradas em locais religiosos e históricos de grande significado para o cristianismo. Segundo o bolsonarista, a viagem foi planejada meses antes do início do conflito. Marçal se identificou com o momento como uma espécie de “Êxodo”, referindo-se simbolicamente à travessia do grupo pelas terras do Egito até chegar a Israel.

O coach, que já enfrentou problemas legais, incluindo uma condenação por colocar em risco a vida de pessoas durante uma expedição ao Pico dos Marins, em São Paulo, em 2022, afirmou que o grupo está “sob proteção” e que a guerra não os “intimida”. Marçal, em declarações feitas à Folha, afirmou que sua missão era ajudar as pessoas a se “curarem na alma, espírito e corpo”.

O ex-candidato a prefeito rejeitou a ideia de que a viagem seja motivada pelo medo, dizendo que os participantes não são influenciados por manchetes de notícias. A viagem foi vendida nas redes sociais, embora os detalhes financeiros, como o preço, não tenham sido divulgados.

No entanto, o contexto da viagem tem gerado polêmica, principalmente por ocorrer em uma região de grande tensão. Enquanto o Brasil recomenda a não realização de viagens à região devido ao risco da guerra, Marçal seguiu com sua programação. Durante a viagem, o grupo teria enfrentado episódios de intolerância religiosa, incluindo uma agressão a uma das participantes. O relato de Ana Ferraz, sócia de Marçal, revela como a viagem passou por momentos de insegurança, mas o grupo manteve firme o seu propósito.

Além disso, Marçal fez questão de destacar o caráter espiritual da viagem e defendeu sua decisão de seguir para Israel, especialmente em um momento de extrema vulnerabilidade no Oriente Médio. Ele afirmou que seu grupo estava “realizando uma missão”, e não apenas em busca de turismo. A viagem culminou com rituais religiosos, como batismos no mar Vermelho, e tatuagens de versículos bíblicos, como o versículo de Mateus 24:14.

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Last Update: 25/06/2025