Marçal é condenado pela 2ª vez e fica inelegível por 8 anos por gastos ilícitos e abuso de poder

O ex-coach e então candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) durante sabatina em setembro de 2024. Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Pablo Marçal foi novamente condenado pela Justiça Eleitoral e está inelegível por oito anos. O coach e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo acumula agora duas decisões judiciais por abuso dos meios de comunicação, captação e gastos ilícitos de recursos, e abuso de poder econômico durante a campanha de 2024. A nova sentença foi publicada neste sábado (26) pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

Além da inelegibilidade, o juiz estipulou multa de R$ 420 mil a Marçal por descumprir uma decisão anterior que limitava sua atuação nas redes sociais. Segundo a decisão, o ex-candidato descumpriu a ordem judicial por 42 dias consecutivos, mesmo após ter suas contas no Instagram, TikTok, YouTube e X suspensas. “O próprio réu Pablo Marçal estimulou que os cortadores de seus vídeos continuassem fazendo o que precisasse ser feito”, destacou o magistrado.

A segunda ação foi movida pelo PSB, partido da deputada federal Tabata Amaral (SP), que também disputou a prefeitura. O partido denunciou práticas ilegais, como monetizar eleitores que propagassem vídeos de campanha, o que viola a legislação eleitoral. “Marçal venalizou as eleições”, afirmou o advogado do PSB, Hélio Silveira, sobre as irregularidades cometidas.

Tabata Amaral e Pablo Marçal durante debate eleitoral em 2024. Foto: reprodução

O Ministério Público Eleitoral corroborou as acusações e destacou que Marçal promoveu o impulsionamento de conteúdos via “pretensos eleitores e cabos eleitorais”, prática proibida por lei. Segundo o MP, os recursos financeiros movimentados pela campanha não eram devidamente declarados, desequilibrando o pleito municipal.

Em nota enviada à imprensa, Tabata Amaral reforçou a gravidade dos fatos: “Enquanto outros se omitiram, por medo ou por estratégia, fomos os únicos a ter a coragem de denunciar as irregularidades e recorrer à Justiça. Hoje, decisão após decisão, fica clara a importância de termos enfrentado quem tentou fraudar a eleição e enganar os eleitores.”

A defesa de Marçal alegou “ausência de provas” e negou que ele tivesse conhecimento prévio das práticas irregulares. Questionado sobre a nova condenação, o ex-candidato não respondeu às mensagens enviadas pela reportagem.

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